EMIAM - UMA HISTÓRIA CONTADA EM MUITAS MÃOS E LÍNGUAS. ESTE BLOG FOI CRIADO POR ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL IGNÁCIO DE ANDRADE MELO, COORDENADOS PELO PROFESSOR ASSIS E SE DESTINA A RELATAR TODA A HISTÓRIA DE CRIAÇÃO, EVOLUÇÃO E ATUAÇÃO DA ESCOLA E DE SEUS ALUNOS , A MAIORIA MORADORES DA VILA SÃO JOSE. PRETENDE TAMBÉM RESGATAR TODA A HISTÓRIA DE FUNDAÇÃO DA VILA SÃO JOSÉ, COM MONTAGEM DE UM BANCO DE DADOS QUE ATUE COMO MEMÓRIA POSSIBILITANDO ÀS PESSOAS SE APROPRIAREM DE SUA HISTÓRIA.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Atual Diretora da Escola em visita à Vila São José
A diretora Suzana Junia, em visita à vila São José antes do remanejamento e reassentamento das famílias.
VISITA À GRUTA DE MAQUINÉ
VISITA À GRUTA DE MAQUINÉ
A Gruta do Maquiné, localizada em Cordisburgo, foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, e posteriormente explorada cientificamente pelo naturalista dinamarquês Dr. Peter Wilhelm Lund, em 1834
Como forma de premiar os alunos pela conquista de inácios, alunos da EMIAM visitam a gruta de Maquiné situada no município de Cordisburgo.
Foram 38 alunos, acompanhados pelos professores Assis, Jacqueline e Sandra. O passeio transcorreu com muita tranquilidade. A visitação às salas e ambientes da gruta foram feitas por um guia, que após parada em cada ambiente, dava explicações aos olhares atentos de nossos alunos. Foi fornecido um almoço e nossos alunos foram muito educados e simpáticos, recebendo elogios do pessoal da casa. Após o almoço, nos dirigimos à cidade de Cordisburgo para visitação à casa onde morou o escritor mineiro GUIMARÃES ROSA. Neste espaço a visitação também foi muito tranquila. Após a visitação, fomos ver as estátuas gigantes de animais pré-históricos, tais como a preguiça, o tatu, o tigre dente de sabre e outros. Retornamos às 16 horas. Na avaliação dos alunos o passeio foi ótimo e que deveria acontecer mais vezes.
domingo, 28 de agosto de 2011
FORMATURA 2010
sábado, 27 de agosto de 2011
MC YURI BH EM VISTA À ESCOLA
Professor Assise MC YURI BH
Entre suas canções, uma se destaca: Yuri faz uma homenagem para a sua avó, Marlene Andrade, que o criou junto com o pai, Alex. O pequeno MC canta que a avó é tudo na vida dele. Dona Marlene faleceu em abril deste ano, mas ficou eternizada na memória e na música de Yuri. O clipe já passou de um milhão de visitas na internet.
GOSTO MUITO DE VOCÊ - jeito minerin
Gosdocê!
Ocê é o colírio du meu ôiu.
É o chicrete garrado na minha carça dins.
É a mairionese du meu pão.
É o cisco nu meu ôiu (i no ôtro oiu - eu tenho dois).
O rechei du meu biscoito.
A masstumate du meu macarrão.
Ára sô!
Gosdimais da conta docê, uai.
Ocê é tamém:
O videperfume da minha pintiadêra.
O dentifriço da minha iscovdidente.
Óiprocevê,
Quem tem amigossim, tem um tisôru!
Ieu guárdesse tisouro, com todu carinho, du lado isquerdupeito!
Dentro do meu Coração!
AMO ocê, uai!
Fais favô de mandá pra tudo seus amigus du coração, incrusive eu, craro!
BRIGADO PELO SEU CARIN, cumqueu sempre pude contá!
"Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas!"
ATUAL DIRETORA DA EMIAM - SUZANA E A VICE-DIRETORA JANE
Vice-diretora JANE
Projeto PAZ - Turno da Noite
Momento das Homenagens pelos alunos da EMIAM
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
PREMIAÇÃO DOS VENCEDORES DO TORNEIO INTERNO DE FUTSAL
terça-feira, 23 de agosto de 2011
EMIAM - PROJETO REDE LÊ
EMIAM - VISITA À CIDADE DO GALO
VILA SÃO JOSE - Uma música refletindo a realidade
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Ação Social na Vila São Jose, em BH
Veja E ASSISTA o Vídeo:
link para acesso à EMIAM na TV Alterosa -
Para acessar o vídeo copie o endereço abaixo e cole na barra de ferramentas da internet e dê enter:
http://www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=9&id_noticia=59622/noticia_interna.shtml#.TlJOLsk7Vag.email
domingo, 21 de agosto de 2011
O PASSADO REVELANDO O PRESENTE
DEPOIMENTOS DE MORADORES SOBRE AS OBRAS DA PEDRO II
DEPOIMENTOS DOS MORADORES DA VILA SÃO JOSÉ
“Vim de São Pedro do Suassui em busca de vida melhor na Capital e fui a terceira moradora a montar uma barraca na Vila São José. Acompanhei a chegada de cada um dos moradores e hoje acompanho o projeto realizado pelo PBH, UMA AÇÃO SOCIAL, para remoção das famílias que vivem na vila onde será feita o prolongamento da avenida Pedro II”
Eva Terezinha Freitas
“Que Deus abençoe as pessoas para que continuem ajudando a vila São José e que essa obra só pare quando for concluída.”
Maria da Glória Oliveira, moradora
“O Projeto viário e social são muito bons para os moradores da vila São José e de várias outras regiões da cidade.”
Manoel Mendes – Morador
“Sou a favor da remoção das famílias da Vila São José e das obras de prolongamento da Av. Pedro II. Mas é preciso fornecer apartamentos bons e seguros. Sempre tivemos esse sonho: a esperança de uma vida mais digna.”
Dorgival Modesto Jorge – Morador
“ A obra do complexo viário Pedro II é um sonho de quase 30 anos que vem se arrastando, seguido de muita luta e agora ele se torna realidade. Tendo como única saída a Avenida Abílio Machado, com sobrecarga de trânsito, faltava esse projeto.
Wilson Alves de Resende – Morador
“O que mais me deixa feliz e sentir a garantia da cidadania desse povo sofrido e a alegria estampada nos olhos dos pais e dos alunos com o início da segunda etapa das obras. É a sensação e a certeza de fui ouvido, fui lembrado.”
Suzana Júnia Amorim – Diretora da
EMIAM
“Fico feliz pela realização destas famílias e pessoas que, numa luta diária e desigual fizeram mobilizações, caminhadas, reuniões, encontros, passeatas e muito diálogo.
Ver isso acontecer significa que sonhar é possível e que precisamos acreditar que juntos somos mais. Aos moradores meus parabéns.
Assis – Professor da EMIAM
HISTÓRIA DA VILA SÃO JOSÉ
EMIAM NA MOSTRA PLURAL
HISTÓRIA DA VILA SÃO JOSÉ
HISTÓRIA DA VILA SÃO JOSÉ
Entrevista realizada em outubro de 2006 com DONA HELOISA MORADORA DA VILA SÃO JOSÉ DESDE A SUA FUNDAÇÃO
Alunos do final do 2º ciclo numa das etapas do Projeto HISTÓRIA DE NOSSA TERRA, um resgate de nossas memórias resolvem pela entrevista a um dos moradores mais antigos, dona Heloisa. Elaboram perguntas e na forma de roda viva, escutam a entrevistada .
No início, há trinta e nove anos atrás, aqui não havia nada.Apenas umas poucas casinhas, uma mina, alguns coqueiros e muito espaço. Tratava-se de uma propriedade do Melo, uma fazenda limpinha.
Da mina surgia uma água tão limpa que a gente usava para cozinhar, lavar roupa e até bebia dela. Essa mina dava origem a um pequeno córrego, também de água limpa, com alguns peixinhos que nós pegávamos para levar para casa. Só que eles morriam rapidamente.
A maior parte desse terreno era de propriedade do senhor Coronel Alípio de Melo e seu irmão Ignácio de Andrade Melo e mais seis irmãos.
Como se deu a ocupação da vila
Um corretor de imóveis, conhecido com “gente boa” trabalhando nos bairros próximos aproveitou a oportunidade, pois muitas pessoas estavam com um dinheiro recebido pela indenização feita pela prefeitura para desapropriação de uma área próxima ao bairro calafate que eles chamavam de vila dos marmiteiros, na calada da noite, demarcou vários pedaços de terra de 20 metros, 30 e 50 metros, vendendo a preços ótimos. Seu Ignácio, muito velho, não pode fazer muita coisa e de um um para o outro, várias casinhas eram levantadas sem nenhum critério ou padrão. Para isso usavam latões, madeira, papelão, tijolos barreados a sopapo. Em poucos dias viu-se o crescimento desordenado da vila. O sr. Ignácio até que tentou a reintegração de posse. Chamou a polícia, de nada adiantou. Recorreu a alguns homens que, em seus cavalos e armados com foice, facões e até espingarda . Mas ao chegarem o que encontraram foi uma comunidade mobilizada, armadas com enxadas, pás, picaretas e alavancas, decididas a não sair dali.
Em menos de 1 ano, a vila já estava toda habitada em torna daquela pequena mina e do córrego.
Nós não tínhamos nem água e nem esgoto e por isso, o córrego de água limpa começou a ficar sujo e com muito esgoto. Por isso ele passou a ser chamado de “córrego pastinho”.
Por que as pessoas vieram morar na Vila
A Praça São Vicente, do bairro Padre Eustáquio era um lugar muito violento e muito perigoso por causa da BR. As pessoas queriam morar num lugar perto da cidade os de grandes bairros. E aqui perto tinha o Bairro Alípio de Melo, movimentado e em crescimento. Além disso, os preços do lote mais acessíveis às pessoas de baixa renda era os vendidos na vila São José.
Os primeiros moradores ralatam que aqui era um lugar bastante tranqüilo. Os novos compradores eram bem solidários, se ofereciam para limpar os lotes, queriam ajudar como pedreiros. Até construíram um pequeno campinho para bater uma bolinha, soltar papagaio e brincar de bolinha de gude, finca e rouba-bandeira.
Aqui só existia uma rua que a gente chamava de rua do ônibus. A Av. David Rabelo era esgoto a céu aberto. As demais ruas eram na verdade pequenos caminhos. A Av. Abílio Machado se chamava Estrada de Contagem era uma trilha onde passavam carroças e caminhões transportando leite e lenha. Não havia luz e quando a gente tinha que sair à noite ou quando voltava para casa muito tarde, tinha que usar lamparina. O pior é que nos caminho tinha cobras, nas árvores macacos e até esquilos. Aliás, nosso ônibus era chamado de poeirinha e alvo de chacotas pelos moradores: “ Vê se trás uma abóbora para mim.” Diziam as pessoas em tom de gozação.
Sobre a Escola MUNICIPAL Ignácio de Andrade Melo
A escola foi construída em um terreno doado pelo senhor Ignácio de Andrade Melo. Na verdade era um barranco, um pequeno pedaço de terra, onde as pessoas jogavam entulho, lixo e pedaços de móveis.
Nós, os moradores queríamos um pedaço maior, mas como foi doado e com muita boa vontade, deram o nome à escola em homenagem a senhor Ignácio. O prefeito na época era o sr. Sérgio Ferrara, pai.
Com a construção, a escola só tinha salas de aula. Não havia carteiras e nem cadeiras, nem mesas para professores, nem móveis e eletrodomésticos para a cantina preparar a merenda para as crianças. Para as crianças se assentarem as mães enviavam toalhas, tapetes, panos e almofadas. Inclusive as próprias professoras se sentavam, quando sentavam, no chão.
A história do famoso bolinho de chuva
Muito bem, na escola não havia fogão. Então para fazer qualquer coisa na escola, as pessoas precisavam levar os ingredientes. A mães dos alunos e os professores levavam o café, o açúcar, o suco, os biscoitos, rodo, vassouras, sabão, enfim, levavam de tudo. A merenda da escola era feita pelas mães, no sistema de rodízio ou de mutirão. O que faltava a diretora dava o dinheiro para comprar as coisas na Abílio Machado. Lembro-me uma vez que, para comemorar o dia da criança, a diretora gostaria que fizessem um bola gigante para 400 crianças. Foram dois dias e uma noite para fazer tal bolo. Para assar o bolo, tiveram a ajuda de um padeiro da padaria na Abílio Machado. Foi gratificante, conta Dona Heloisa.
O racionamento da luz
Como não tinha eletricidade na vila, as pessoas usavam a luz clandestina. Mas quem tinha a luz, emprestava para outras tantas famílias. Existia uma regra básica: cada família só podia acender duas lâmpadas por vez. As brincadeiras ocorriam no escuro. Mas não havia violência, nem drogas e nem tiroteio.
O USO DA MINA NO INÍCIO, ERA FEITO por todo mundo. Tínhamos um local para lavar a roupa, uma pedra para bater a roupa
Retirando a sujeira e outras pedras para secar. Para carregar a água, a gente usava latas de tinta de 18 litros. Alguns homens retiravam areia para vender ou construir paredes.
Muitas famílias, para cozinhar buscavam lenha no bairro Ressaca, em contagem. Não podíamos tirar lenha da fazenda. Tinha até um caminhão que vendia lenha. Algumas dessas pessoas pediam carona ao motorista do caminhão para aliviar o peso.
Padre Tiago
Na época da chuva era uma loucura. Era só problemas. Para atravessar o córrego a gente usava troncos de coqueiros. Mesmo assim, muitos caiam na água barrenta.
Temos muito que agradecer ao padre Tiago da Paróquia São Tiago. Ele, em época de chuva, saia de sua igreja, de chinelo, arregaçava a calça e a batina, saindo cedo para poder colocar pedras nas travessias e fazer uma espécie de ponte para facilitar as passagem das pessoas.
Quando éramos crianças a coisa que mais gostávamos de fazer era o piquenique debaixo dos pés de coqueiros. A gente saia cedo, levando pão com salame, suco de limão, banana, café e até pão de queijo.
Os alunos da escola no principio
Naquela época a gente não tinha nada. Mas as crianças que ali estudavam eram super educadas. Elas tinham muito respeito pelo adultos, pelos professores e pelos pais. Se dirigiam aos adultos com expressões de senhor, muito obrigado, com licença, sim senhora, desculpe e aceitavam a correção quando era feita pelos adultos. Não escreviam nas carteiras, nem nas paredes. Lembro-me do primeiro passeio que fizeram com as crianças foi uma excursão ao parque municipal, onde era o zoológico da cidade. Foram 150 crianças, à pé, sem crachá e cada um com sua merendinha. Não tivemos nenhum problema. A gente não precisava chamar atenção, ninguém falava palavrão, nem dava tapa no colega, não empurrava o outro e a gente era bastante feliz.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
ESCOLA ABERTA NA EMIAM
ESCOLA INTEGRADA - EMIAM
No contraturno, alunos recebem lanche especial, almoço, oficinas diversas, aulas de informática, jogos e brincadeiras. É um espaço privilegiado onde se explora regras de convivências e formas de relacionamentos, buscando a formação de bons hábitos e a construção de novos valores comuns em uma sociedade moderna.
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